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A Pomba da Arca de Noé e o Ramo de Oliveira: Um Símbolo de Esperança e Renovação

















A história da Arca de Noé é uma das mais conhecidas e fascinantes narrativas bíblicas. Nela, encontramos a figura da pomba, que desempenha um papel significativo ao trazer um ramo de oliveira no bico. Esse evento simboliza a esperança e a renovação após o dilúvio. Neste artigo, exploraremos o significado por trás da pomba e do ramo de oliveira, destacando sua importância e relevância até os dias de hoje.

A história da Arca de Noé é relatada no livro de Gênesis, no Antigo Testamento da Bíblia. Segundo a narrativa, Deus decidiu destruir a humanidade por causa de sua maldade, mas escolheu Noé e sua família para serem preservados. Deus instruiu Noé a construir uma grande arca e levar consigo um casal de cada espécie de animais para sobreviverem ao dilúvio.

Após quarenta dias e quarenta noites de chuva incessante, a água começou a recuar e a arca pousou no Monte Ararat. Noé então soltou uma série de aves para verificar se a terra estava seca o suficiente para sair da arca. A primeira ave solta foi um corvo, que não retornou. Em seguida, Noé soltou uma pomba, que voltou para a arca porque não encontrou um lugar para pousar.

Uma semana depois, Noé soltou a pomba novamente, e desta vez ela voltou com um ramo de oliveira no bico. Esse gesto foi interpretado como um sinal de que as águas haviam recuado o suficiente para a terra se tornar habitável novamente. A pomba se tornou um símbolo de paz, esperança e renovação, enquanto o ramo de oliveira representa a vida e a prosperidade.

A pomba é um símbolo recorrente em várias culturas e religiões, representando a paz e a harmonia. Na história da Arca de Noé, a pomba desempenha um papel fundamental ao trazer o ramo de oliveira, simbolizando a restauração da vida após a destruição. Esse evento é visto como um sinal divino de que a humanidade tem a chance de recomeçar e aprender com os erros do passado.

Além disso, a oliveira também possui um significado simbólico profundo. A árvore é conhecida por sua resistência e longevidade, sendo um símbolo de paz, sabedoria e prosperidade. O ramo de oliveira trazido pela pomba representa a promessa de um futuro melhor, onde a paz e a harmonia podem ser alcançadas.

A história da pomba da Arca de Noé e o ramo de oliveira é um poderoso símbolo de esperança e renovação. Ela nos lembra que, mesmo em tempos de destruição e caos, há sempre a possibilidade de um recomeço e de um futuro melhor. A pomba e o ramo de oliveira nos convidam a refletir sobre a importância da paz, da harmonia e da busca pela restauração da vida em todas as suas formas.

Que possamos nos inspirar nesse símbolo milenar e buscar a paz em nossas vidas e em nosso mundo. Que possamos aprender com os erros do passado e trabalhar juntos para construir um futuro mais próspero e harmonioso. Que a pomba da Arca de Noé e o ramo de oliveira continuem a nos lembrar da importância da esperança e da renovação em nossas jornadas.

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A luz que não é luz

A visão de Jacó em Betel

No livro de Gênesis, capítulo 28, versículos 16 a 19, encontramos a história de Jacó. Ele estava fugindo de seu irmão Esaú e, no meio do caminho, cansado e a noite chegando, encontrou um lugar para dormir. Ele pegou uma pedra para utilizar como travesseiro e então teve uma visão. Nessa visão, Jacó viu uma escada com anjos descendo e subindo. Deus falou com ele, reafirmando as promessas que já haviam sido feitas a seu pai, Isaque. Ao acordar, Jacó reconheceu que aquele lugar era a casa de Deus e o chamou de Betel.

A diferença entre Luz e Betel

No texto bíblico, no entanto, o nome da cidade onde Jacó teve essa visão era Luz. Mais tarde, quando Moisés escreveu o livro de Gênesis, ele destacou que o nome da cidade antes era Luz, mudando para Betel. Essa informação pode parecer irrelevante, mas é importante para entendermos o contexto histórico e geográfico da época. É válido ressaltar que, diferentemente do budismo, onde a iluminação tem um significado específico, a luz mencionada no texto de Gênesis não se refere a uma iluminação espiritual, vejamos a razão a seguir.

A interpretação correta do significado de Luz

Muitas vezes, devido a uma confusão linguística, atribui-se a palavra luz, presente em Gênesis 28:19, como uma referência à iluminação espiritual experimentada por Jacó. No entanto, ao analisar o texto original em hebraico, percebemos que a palavra utilizada, que tem o som de "luz", na verdade significa Amendoeira. Essa coincidência sonora entre as palavras luz e Amendoeira pode levar a uma interpretação equivocada. Portanto, podemos afirmar que Jacó não foi iluminado no sentido espiritual, mas sim teve uma experiência divina.

Conclusão

A história de Jacó em Betel nos mostra a importância de compreendermos corretamente o significado das palavras e o contexto histórico em que foram escritas. A confusão entre luz e Amendoeira é um exemplo disso. É fundamental buscarmos o conhecimento e a verdade para que possamos transmitir informações corretas para as futuras gerações. Nesse sentido, é válido ressaltar que o estudo da Bíblia King James, em inglês, pode nos ajudar a aprofundar nossa compreensão dos textos sagrados. Espero que este artigo tenha contribuído para uma melhor compreensão do significado de Luz em Gênesis 28:16-19.



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DEUS E CESAR

https://youtu.be/01daqneoDRM

Introdução

No capítulo 22 do livro de Mateus, encontramos um relato importante sobre um encontro entre Jesus e os fariseus. Nesse encontro, os fariseus planejavam surpreender Jesus com uma pergunta traiçoeira sobre o pagamento de impostos a César. Vamos analisar esse episódio e compreender a sabedoria das palavras de Jesus.

O plano dos fariseus

Os fariseus se reuniram para deliberar sobre a melhor maneira de pegar Jesus em suas palavras. Eles enviaram seus discípulos, acompanhados pelos herodianos, para questionarem Jesus sobre o pagamento de impostos a César. Eles tentaram elogiar Jesus, dizendo que reconheciam sua dedicação à  verdade e ao caminho de Deus. No entanto, eles esperavam que Jesus cometesse um erro ao responder a pergunta sobre os impostos.

A resposta de Jesus

Percebendo a intenção maliciosa dos fariseus, Jesus pediu que lhe mostrassem uma moeda utilizada para pagar impostos. Ao ver a moeda, Jesus perguntou de quem era a imagem e inscrição na moeda. Os fariseus responderam que era a imagem de César. Foi então que Jesus deu sua resposta sabia: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus".

Interpretação da resposta de Jesus

A resposta de Jesus estabelece limites e distingue a jurisdição dos dois impérios: o império terreno representado por César e o império celestial representado por Deus. A presença da imagem de César nas moedas demonstra que as coisas temporais estão sob o governo de César, enquanto a presença da imagem de Deus na alma humana indica que nossa existência e poderes pertencem a Deus e devem ser usados em seu serviço.

Conclusão

De acordo com o relato no livro de Mateus, a resposta de Jesus aos fariseus e herodianos revela sua sabedoria e compreensão das questões espirituais e temporais. Ele nos lembra que, assim como as moedas pertencem a César, devemos cumprir nossas obrigações terrenas. No entanto, como seres humanos criados a  imagem de Deus, também devemos nos entregar totalmente a Ele e viver em seu serviço.

Mateus Silva
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Origem do Halloween

O Halloween é uma festa popular comemorada em 31 de outubro, véspera do Dia de Todos os Santos. É uma data de origem celta, celebrada há mais de 3.000 anos.

Na cultura celta, o dia 31 de outubro marcava o fim do verão e o início do inverno. Era também o momento em que os mortos retornavam ao mundo dos vivos. Para afugentar os espíritos malignos, os celtas acendiam fogueiras, decoravam suas casas com abóboras e usavam fantasias.

Com a cristianização da Europa, o Halloween foi incorporado ao calendário cristão. A Igreja Católica criou o Dia de Todos os Santos, em 1º de novembro, para celebrar todos os santos e mártires.

No século XIX, os imigrantes irlandeses levaram o Halloween para os Estados Unidos. A festa foi rapidamente adotada pela cultura americana e se tornou uma das celebrações mais populares do país.

Atualmente, o Halloween é comemorado em todo o mundo. As pessoas se fantasiam, decoram suas casas e participam de festas e eventos.

Alguns símbolos e tradições do Halloween

  • A abóbora: A abóbora é um símbolo tradicional do Halloween. Ela é usada para fazer lanternas, conhecidas como "jack-o'-lanterns".
  • A bruxa: A bruxa é outro símbolo popular do Halloween. Ela é frequentemente retratada como uma mulher velha e feia, com um chapéu pontudo e um caldeirão. [Imagem de Bruxa de Halloween]
  • Os fantasmas: Os fantasmas são espíritos dos mortos. Eles são frequentemente representados como figuras brancas e esvoaçantes.
  • Os morcegos: Os morcegos são símbolos de escuridão e mistério. Eles são frequentemente associados a bruxas e espíritos malignos.
  • As teias de aranha: As teias de aranha são símbolos de morte e decadência. Elas são frequentemente usadas para decorar casas e jardins no Halloween.

O Halloween é uma festa cheia de mistério e magia. É uma data para se divertir, se fantasiar e celebrar a vida.


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Como foi construído o templo de Salomão em Jerusalém

O templo de Salomão foi um edifício religioso construído em Jerusalém no século X a.C., durante o reinado do rei Salomão. O templo era dedicado ao Deus de Israel e era considerado o centro da fé judaica.

A construção do templo

A construção do templo foi um empreendimento monumental. Os materiais foram trazidos de todo o reino de Israel, e os trabalhadores foram recrutados de todas as tribos de Israel.

O templo foi construído em três etapas:

Referência bíblica:

1 Reis 6:1-3: "No quarto ano do reinado de Salomão, no mês de zive, o segundo mês, ele começou a construir o templo do Senhor. O templo que Salomão construiu para o Senhor em Jerusalém tinha 60 côvados de comprimento, 20 côvados de largura e 30 côvados de altura."

Referência bíblica:

1 Reis 6:14-35: "O santuário foi construído de madeira de cedro, e o chão foi revestido de tábuas de cedro. As paredes do santuário foram cobertas com tábuas de cedro, e as portas foram feitas de madeira de cipreste. O santuário estava dividido em duas partes: o Lugar Santo e o Santo dos Santos. O Lugar Santo tinha 20 côvados de comprimento, 20 côvados de largura e 10 côvados de altura. O Santo dos Santos tinha 20 côvados de comprimento, 20 côvados de largura e 20 côvados de altura."

Referência bíblica:

1 Reis 6:36-38: "O átrio do templo foi construído de pedras lavradas, e o chão foi coberto de madeira de cedro. O átrio tinha 50 côvados de comprimento, 30 côvados de largura e 5 côvados de altura."

O templo de Salomão

O templo de Salomão foi um edifício impressionante. Era feito de madeira de cedro e revestido de ouro. O interior do templo era decorado com esculturas e pinturas.

Referência bíblica:

1 Reis 6:19-22: "O templo foi revestido de tábuas de cedro por dentro e por fora. O santuário e o Santo dos Santos foram revestidos de tábuas de cedro, e o chão foi revestido de tábuas de cedro. As paredes do santuário e do Santo dos Santos foram decoradas com esculturas de querubins, palmeiras e flores. O teto do santuário e do Santo dos Santos foi coberto de ouro puro."

O templo de Salomão foi destruído pelos babilônios em 586 a.C., mas foi reconstruído pelos judeus no século VI a.C. O templo foi novamente destruído pelos romanos em 70 d.C.

Imagens do templo de Salomão da época de Salomão

As imagens do templo de Salomão da época de Salomão são escassas. No entanto, alguns artefatos e descrições históricas podem nos dar uma ideia de como o templo era.

Uma das principais fontes de informação sobre o templo de Salomão é o Livro dos Reis, da Bíblia hebraica. O livro descreve o templo em detalhes, incluindo sua forma, tamanho e decoração.

Outra fonte de informação são os artefatos que foram encontrados no local do templo. Esses artefatos incluem blocos de pedra, tijolos e peças de cerâmica.

Com base nessas informações, podemos reconstruir uma imagem aproximada do templo de Salomão da época de Salomão. O templo era um edifício grande e imponente, feito de madeira de cedro e revestido de ouro. O interior do templo era decorado com esculturas e pinturas.

**O templo de Salomão era um símbolo importante da fé judaica

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O PARADOXO DE EPICURO

O paradoxo de Epicuro, também conhecido como "problema do mal", é um argumento filosófico que aborda a existência do mal e do sofrimento no mundo, levantando questões sobre a natureza de Deus (ou dos deuses) em relação à sua benevolência e poder. Embora o paradoxo tenha sido formulado pelo filósofo grego Epicuro, é importante ressaltar que ele se referia especificamente aos deuses antropomórficos da religião politeísta grega, e suas características podem ser adaptadas para serem aplicadas a concepções mais abstratas de divindade.

Vamos explicar o paradoxo de Epicuro com um quadro, para melhor compreensão:

O paradoxo de Epicuro é usado como uma reflexão crítica sobre a teodiceia (o estudo da justificação de Deus diante do mal) e, assim, questiona a compatibilidade entre a existência de Deus e a presença do mal e do sofrimento no mundo. Alguns filósofos e teólogos propuseram respostas a esse paradoxo ao longo dos séculos, mas é uma questão complexa que ainda é discutida e debatida no campo da filosofia da religião.

REFUTAÇÕES

Embora não haja uma resposta definitiva ou universalmente aceita para refutar completamente o paradoxo, os teólogos e filósofos ofereceram algumas abordagens e argumentos para tentar reconciliar a existência do mal com a ideia de um Deus benevolente e onipotente. Abaixo estão algumas das principais respostas e refutações que foram propostas:

  1. Livre Arbítrio: Uma das respostas mais comuns ao paradoxo é defender que Deus concedeu aos seres humanos o livre arbítrio. De acordo com essa visão, Deus permite que o mal e o sofrimento existam como uma consequência natural da liberdade humana. Os seres humanos têm a capacidade de escolher entre o bem e o mal, e, portanto, suas ações podem levar ao sofrimento e ao mal no mundo.


  2. Desígnio oculto: Outra abordagem sugere que, embora não possamos entender completamente os propósitos de Deus ou as razões para o mal e o sofrimento, eles podem estar servindo a um propósito maior e mais elevado que não podemos perceber. Nessa visão, o mal pode ser visto como parte de um plano divino maior, que eventualmente levará ao bem ou a um bem maior que supera o mal presente.


  3. Mundo em Processo: Alguns argumentam que o mundo está em constante mudança e processo de desenvolvimento, e que o mal e o sofrimento são parte desse processo. O mundo está em constante evolução, e essas dificuldades podem ser vistas como etapas temporárias para alcançar um estado final melhor ou mais perfeito.


  4. Limitações humanas: Outra resposta sugere que nossa compreensão do mal e do sofrimento pode ser limitada. O que percebemos como mal pode ser apenas uma parte de uma imagem maior que não podemos compreender em sua totalidade. Nessa perspectiva, nossa capacidade limitada de compreensão não nos permite ver o quadro completo.


  5. Dualismo: Alguns sistemas de crenças postulam a existência de duas forças opostas, uma boa e outra má, lutando no universo. Nessa visão, Deus pode ser totalmente benevolente, mas há uma força maligna independente que é responsável pelo mal e pelo sofrimento.

A REFUTAÇÕES DE AGOSTINHO

Agostinho de Hipona (354-430 d.C), também conhecido como Santo Agostinho, foi um dos mais influentes teólogos e filósofos cristãos da história. Ele abordou o paradoxo de Epicuro em sua obra "Confissões" e "A Cidade de Deus", oferecendo argumentos que procuram refutar as ideias do filósofo grego. Vamos examinar algumas das principais respostas de Agostinho ao paradoxo:

  1. 1.Livre Arbítrio e Pecado Original: Agostinho defendeu a ideia de que Deus concedeu livre arbítrio aos seres humanos, mas que esse livre arbítrio foi corrompido pelo pecado original de Adão e Eva. A entrada do pecado no mundo por meio da escolha humana afetou a natureza do mundo, tornando-o sujeito ao mal e ao sofrimento. Deus, por sua justiça e sabedoria, permite que as consequências do pecado se desdobrem, mas isso não significa que Ele seja o autor direto do mal. Em outras palavras, Deus permitiu que o mal surgisse como uma consequência da liberdade humana, mas Ele não é o causador direto do mal em si.


  2. 2.Bem maior através do mal: Agostinho também argumentou que Deus, em Sua sabedoria, pode usar o mal e o sofrimento para produzir um bem maior no mundo. Isso está alinhado com a crença de que Deus tem um plano divino que pode envolver lidar com o mal temporariamente para alcançar um objetivo maior e mais benevolente.

  3. Visão temporal e eterna: Agostinho propôs que Deus, como um ser eterno e transcendente, pode enxergar o quadro completo da história e da existência humana, enquanto nós, como seres limitados no tempo e espaço, temos uma visão limitada das coisas. O que pode parecer mal e injusto para nós em um momento específico pode fazer parte de um plano mais abrangente e justo, concebido por Deus em Sua perspectiva eterna.


  4. 3.Redenção e salvação: Para Agostinho, o sofrimento e o mal no mundo estão ligados à condição caída da humanidade. Ele acreditava que Deus enviou Jesus Cristo para redimir a humanidade do pecado e do mal, oferecendo a possibilidade de salvação e restauração. Essa perspectiva sugere que Deus está trabalhando ativamente para superar o mal e o sofrimento no mundo por meio da redenção dos seres humanos.

É importante ressaltar que as respostas de Agostinho não pretendem resolver completamente o paradoxo de Epicuro, mas sim oferecer uma perspectiva teológica cristã para abordar o problema do mal. O paradoxo de Epicuro continua sendo um desafio filosófico e teológico significativo, e diferentes pensadores ao longo da história apresentaram várias respostas e refutações em relação a ele. Cada resposta tem suas próprias implicações e críticas, tornando o debate contínuo e complexo. No entanto, qualquer que seja a resposta, a nossa fé continua inabalável, sabendo que Deus faz tudo como quer. Ele é soberano e jamais poderá ser medido segundo as métricas humanas.

PARDES- A HERMENÊUTICA USADA POR CRISTO


Pardes é um termo hebraico que significa "pomar" ou "jardim". Na tradição judaica, Pardes é um acrônimo que representa as quatro formas de interpretação da Torá. Cada letra em Pardes representa uma dessas formas: Pshat (sentido literal), Remez (sentido simbólico), Drash (sentido alegórico) e Sod (sentido místico).

O Pshat é o sentido literal da Torá, ou seja, a compreensão direta das palavras e frases escritas no texto. É a forma mais básica de interpretação, que se baseia na compreensão do significado das palavras e das expressões.

O Remez é a interpretação simbólica da Torá. É a compreensão dos símbolos e das imagens presentes na Torá, que muitas vezes têm significados mais profundos e abstratos.

O Drash é a interpretação alegórica da Torá. É a compreensão das histórias e dos eventos narrados na Torá como metáforas ou alegorias para ensinar lições importantes sobre a vida e a moralidade.

O Sod é a interpretação mística ou esotérica da Torá. É a compreensão das verdades mais profundas e ocultas da Torá, que muitas vezes são expressas em termos simbólicos ou místicos.

Na tradição judaica, o estudo do Pardes é considerado uma das formas mais elevadas de estudo da Torá. Cada nível de interpretação complementa e enriquece o outro, e o estudo do Pardes é visto como um caminho para a compreensão mais profunda dos ensinamentos da Torá.

O Pardes também é usado em outras áreas do conhecimento judaico, como a Cabala e a Halachá (lei judaica). Em cada uma dessas áreas, o Pardes é usado como um método de interpretação e compreensão mais profunda dos ensinamentos e tradições judaicas.

Em resumo, o Pardes é uma das principais formas de interpretação da Torá na tradição judaica, que envolve quatro níveis de interpretação: Pshat (sentido literal), Remez (sentido simbólico), Drash (sentido alegórico) e Sod (sentido místico). O estudo do Pardes é visto como um caminho para a compreensão mais profunda dos ensinamentos da Torá e é usado em outras áreas do conhecimento judaico, como a Cabala e a Halachá.

Bibliologia: o estudo científico dos livros

Bibliologia é o estudo científico dos livros, incluindo sua produção, transmissão, preservação, catalogação e uso. A Bibliologia abrange várias disciplinas, incluindo biblioteconomia, história do livro, filologia, crítica textual e estudos de manuscritos.

Produção de livros

A produção de livros é um processo complexo que envolve várias etapas, desde a criação do conteúdo até a impressão e encadernação. Os avanços na tecnologia de impressão, desde a invenção da imprensa de tipos móveis por Johannes Gutenberg no século XV, revolucionaram a produção de livros e permitiram a disseminação em massa do conhecimento.

Transmissão de livros

A transmissão de livros refere-se à forma como os livros são transmitidos ao longo do tempo e do espaço. Antes da invenção da imprensa, os livros eram copiados à mão por escribas e monges em mosteiros e bibliotecas. A disseminação de livros foi muito mais limitada nesse período, e a maioria das pessoas não tinha acesso aos livros.

Com a invenção da imprensa, os livros foram produzidos em grande escala e tornaram-se muito mais acessíveis. A disseminação de livros também foi facilitada pelo desenvolvimento de rotas comerciais e pelo aumento da alfabetização.

Preservação de livros

A preservação de livros é um processo crítico para garantir que os livros sejam mantidos em boas condições para o uso futuro. A preservação inclui medidas para proteger os livros contra danos físicos, como a exposição à luz, umidade e insetos. Também envolve a manutenção adequada dos livros, incluindo a limpeza e a restauração.

Catalogação de livros

A catalogação de livros envolve a organização dos livros em bibliotecas e outros arquivos. Isso inclui a criação de registros bibliográficos que fornecem informações sobre o autor, título, editora e outros detalhes relevantes do livro. A catalogação é fundamental para garantir que os livros possam ser localizados e usados com eficiência.

Uso de livros

O uso de livros abrange uma ampla gama de atividades, desde a leitura por prazer até a pesquisa acadêmica. Os livros também desempenham um papel importante na disseminação de ideias e na formação da cultura e identidade de uma sociedade.

Conclusão

A Bibliologia é uma disciplina fascinante que abrange vários aspectos dos livros, incluindo sua produção, transmissão, preservação, catalogação e uso. O estudo dos livros é importante para entender como o conhecimento é transmitido e como as ideias são formadas e disseminadas ao longo do tempo.

Referências

  • Davis, D. (2010). The Encyclopedia of the Book. Oak Knoll Press.
  • Darnton, R. (1982). What is the history of books?. Daedalus, 111(3), 65-83.


A aplicação da linguística semiótica aos estudos bíblicos

A aplicação da linguística semiótica aos estudos bíblicos pode ser muito útil para entender o significado dos textos bíblicos e a forma como eles foram interpretados e utilizados ao longo do tempo. Isso se deve ao fato de que a Bíblia é um texto complexo que contém diferentes gêneros literários e utiliza uma variedade de símbolos e metáforas para transmitir seus ensinamentos.

Uma das formas de aplicar a linguística semiótica aos estudos bíblicos é através da análise dos diferentes gêneros literários presentes na Bíblia. Por exemplo, a análise dos Salmos como um gênero poético pode nos ajudar a entender como a linguagem é usada para evocar emoções e transmitir mensagens de louvor, súplica, ação de graças, dentre outras. Já a análise dos evangelhos como um gênero narrativo pode nos ajudar a entender como a linguagem é usada para descrever as ações e ensinamentos de Jesus e como essas histórias foram transmitidas e interpretadas ao longo do tempo.

Além disso, a análise semiótica pode ajudar a identificar e compreender a utilização de diferentes símbolos e metáforas presentes na Bíblia. Por exemplo, a análise dos símbolos utilizados no livro do Apocalipse pode nos ajudar a entender como a linguagem é usada para descrever eventos futuros e como essas descrições foram interpretadas ao longo do tempo. Outro exemplo é a análise das metáforas utilizadas nos ensinamentos de Jesus, como a metáfora do "Reino de Deus", que pode nos ajudar a entender como Jesus descreveu sua mensagem e como essa mensagem foi compreendida e interpretada pelos seus seguidores.

Além disso, a análise semiótica também pode ser utilizada para estudar a recepção e interpretação dos textos bíblicos ao longo do tempo. Por exemplo, a análise da interpretação dos textos bíblicos por diferentes tradições religiosas pode nos ajudar a entender como esses textos foram recebidos e interpretados em diferentes contextos culturais e históricos.

Em resumo, a aplicação da linguística semiótica aos estudos bíblicos pode ajudar a compreender o significado dos textos bíblicos, a forma como eles foram interpretados e utilizados ao longo do tempo, e como eles continuam a ser relevantes e influentes na cultura e na sociedade atual.

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ENTENDENDO UM POUCO SOBRE LINGUÍSTICA SEMIÓTICA

A linguística semiótica é um ramo da linguística que estuda a linguagem como um sistema de signos e símbolos. Essa abordagem considera a linguagem como um processo comunicativo em que os significados são criados através de interações entre um emissor e um receptor, que compartilham um conjunto de códigos, símbolos e convenções culturais.

A semiótica estuda a natureza dos signos e sua relação com os significados que eles representam. Ela é uma disciplina que está preocupada com a interpretação dos signos em diferentes contextos e sistemas, e com a forma como esses signos são usados para criar significados.

Um dos principais conceitos da semiótica é o de "semiótica triádica", proposto por Charles Sanders Peirce. Ele definiu um signo como algo que representa algo para alguém em algum contexto. Segundo Peirce, todo signo é composto por três elementos interdependentes: o "significante" (que é a forma do signo), o "significado" (que é a ideia ou conceito que o signo evoca) e o "referente" (que é o objeto ou evento no mundo real que o signo representa). Essa abordagem triádica permite analisar os signos em diferentes níveis, considerando não apenas a relação entre o significante e o significado, mas também o contexto social, cultural e histórico em que o signo é usado.

A semiótica também é uma disciplina interdisciplinar, que se relaciona com outras áreas do conhecimento, como a antropologia, a psicologia, a filosofia e a comunicação. Ela é útil em áreas como a publicidade, a linguística computacional, a análise de discurso, entre outras.

Uma das principais aplicações da semiótica é na análise de textos e discursos. Através da análise semiótica, é possível identificar os elementos que compõem um texto, como os signos verbais (palavras e frases) e não-verbais (imagens, cores, formas), e como esses elementos são organizados para criar significados específicos.

Outra aplicação importante da semiótica é na análise da cultura e dos sistemas simbólicos. Através da análise semiótica, é possível entender como os sistemas culturais criam significados, como as normas sociais são construídas e mantidas, e como as diferentes culturas se relacionam entre si.

Em resumo, a linguística semiótica é uma disciplina fundamental para a compreensão da linguagem e da comunicação humana. Através da análise dos signos e dos sistemas simbólicos, é possível entender como a linguagem é usada para criar significados, e como esses significados são moldados por diferentes contextos sociais, culturais e históricos

O NADA, O BARRO E O OSSO - A engenharia do Criador

   Prof. Mateus Silva


Moisés é tido como o autor do Pentateuco, os primeiros cinco livros da bíblia. Sua habilidade linguística é impressionante e isso se deve ao fato de ter recebido refinada instrução no Egito, nação conhecida pelos seus famosos hieróglifos, forma de escrita pictográfica através da qual se conhecem hoje muitos detalhes sobre esse povo.

O legislador hebreu soube usar a linguagem de forma cirúrgica, soma-se a isso, como não poderia deixar de ser, a doce e suave inspiração divina, que mesmo em meio ao causticante deserto do Sinai soprava como suave brisa aos seus sóbrios ouvidos de atento servo do Altíssimo.

Ao relatar a forma da criação divina ele se utiliza de três diferentes palavras, sendo a primeira delas BARA', que dá a ideia de chamar à existência aquilo que não existe'. A respeito desta palavra temos o seguinte comentário do teólogo Albert Barnes:

(...) Sempre que algo absolutamente novo - isto é, não envolvido em nada existente anteriormente - é chamado à existência, há criação Nm 16:30. Qualquer coisa ou evento também pode ser dito ser criado por Ele, que criou todo o sistema da natureza ao qual pertence Ml 2:10. O verbo em sua forma simples ocorre quarenta e oito vezes (das quais onze estão em Gênesis, quatorze em todo o Pentateuco e vinte e uma em Isaías), e sempre em um sentido. 

É justamente assim que é iniciado o relado da criação dos céus e da terra. Deus chama à existência o inexistente ao dizer HAJA/YEHI, de HAYAH (seja, haja, aconteça) . Assim se sucede até o sexto dia, quando Moisés escreve uma nova palavra para relatar a criação de Adão, a palavra ASAH, que segundo Strong tem sentido de fazer, executar, juntar, preparar, prover etc. De maneira ainda mais enfática surge a seguinte raiz em Gênesis 2.7 "Então, formou[YTSER] o SENHOR Deus ao homem do pó da terra ".

A raiz dessa palavra pode ser melhor entendida quando comparada à passagem de Jeremias 18, onde Deus fala ao profeta que desça à casa do oleiro "Dispõe-te, e desce à casa do oleiro[YOTSER], e lá ouvirás as minhas palavras". Logo, a didática do escritor bíblico nos leva a entender que Deus agiu na formação do homem da mesma forma que um oleiro manuseia o barro para formar um vaso. Antropomorficamente aprouve ao Criador produzir o corpo humano de algo já existente, a terra ADAMAH, de onde vem o nome ADAM, ADÃO, que quer dizer avermelhado ( provavelmente pela cor do barro utilizado por Deus). 

Na criação da mulher uma terceira palavra é utilizada por Moisés, YVEN de BANA ( as letras B e V no hebraico são intercambiáveis de acordo com as regras fonéticas).  Diz o texto sagrado na versão King James: "Com a costela que havia tirado do homem, o SENHOR Deus modelou[YVEN] uma mulher e a conduziu até ele".  

A raiz da palavra YVEN costuma surgir nas Escrituras sempre em textos que se referem à edificação de cidades, templos, altares e muros :   Porque saiu e guerreou contra os filisteus, e quebrou o muro de Gate, o muro de Jabne, e o muro de Asdode; e edificou[YAVNEH] cidades em Asdode, e entre os filisteus(2 Cr 26:6). Veja também 2Cr 8.4; Mq 3.10; 1Re 12.25.

A mesma palavra é utilizada para se referir a edificação do Templo ou casa: "Assim edificou[YVEN] Salomão aquela casa, e a acabou( 1 Re 6:14)";

Edificação de altar"Então edificou[YVEN] Saul um altar ao Senhor; este foi o primeiro altar que edificou[YVEN] ao Senhor(1 Sm 14:35)";

Edificação de muros: " E ele se animou, e edificou[YVEN] todo o muro quebrado até às torres, e levantou o outro muro por fora; e fortificou a Milo na cidade de Davi, e fez armas e escudos em abundância (2 Cr 32:5)".

Alguns tradutores como os da versão King James, costumam utilizar uma forma que mais se aproxime no sentido original. É o que lemos acima em Gn 2.22 "modelou" a partir do osso da costela de Adão. João Ferreira de Almeida Atializada JFAA, prefere "transformou-a". Jerônino, na Vulgara usa "aedificavit".

Em todos os casos analisados fica evidente que a mulher foi construída, edificada. Sendo assim, ela é uma obra do próprio Deus, uma edificação. Como tal, é ela quem tem a legalidade para edificar o lar. Assim compreendemos melhor a afirmativa do sábio Salomão ao escrever "Toda mulher sábia edifica[BANTAH/YVEN] a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos (Pv 14:1). 

Deus seja louvado.

                                                                                                                Mateus Silva

 

CURSO DE HEBRAICO BÍBLICO- Conheça a bíblia profundamente.

Ortografia
Gramática
Fonética
Músicas judaicas
Hermenêutica PARDES


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A TRISTEZA NÃO SALTA DE ALEGRIA DIANTE DE DEUS

Ao contrário do que muitos dizem, a tristeza não salta de alegria diante de Deus. Isso na verdade não passa de má leitura das escrituras. Em muitos casos as pessoas sequer se dão ao trabalho de ler a bíblia.

O advento do pentecostalismo no Brasil se deu de forma muita rápida. A intenção dos nossos patriarcas, a princípio, era a evangelização acompanhada das manifestações do Espírito Santo, batismo com fogo, dom de línguas, profecias, entre outros dons. Tudo foi muito rápido, com exceção da instrução teológica concernente a muitos assuntos. Além do mais, o grau de instrução da maioria da população na época era baixo, o que também pôde servir como fator de dificuldade de entender certos textos. 

Certamente que a urgência na evangelização do nosso país era prioridade para nossos missionários. 

Na igreja dos tempos apostólicos não foi diferente. O rápido crescimento da igreja com as conversões em massa em Atos dos Apóstolos, levou à evangelização de todo o mundo bíblico daquela época em poucos anos, provavelmente em todo o Império Romano, segundo Adam Clark. É o que Paulo relata em Colossenses:

Por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual já antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho,
Que já chegou a vós, como também está em todo o mundo; e já vai frutificando, como também entre vós, desde o dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus em verdade; (Colossenses 1.5,6)

  • Poderás tirar com anzol o leviatã, ou ligarás a sua língua com uma corda? (Jó 41:1)
  • Fizeste em pedaços as cabeças do leviatã, e o deste por mantimento aos habitantes do deserto.(Salmos 74:14) ;
  • Ali andam os navios; e o leviatã que formaste para nele folgar. (Salmos 104:26);
  • Naquele dia o SENHOR castigará com a sua dura espada, grande e forte, o leviatã, serpente veloz, e o leviatã, a serpente tortuosa, e matará o dragão, que está no mar. (Isaías 27:1)

Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro. ( Colossences 1.23)

Tal velocidade também trouxe muitos transtornos nas igrejas, pois muitos falsos mestres se aproveitaram da falta de conhecimento dos crentes e implantavam suas doutrinas enganosas. Foi o caso do gnosticismo, da doutrina de Balaão, ensinos de Jesabel e nicolaítas, conforme se lê em Apocalipse nas cartas às sete igrejas da Ásia. 

Nessa época o Canon do Novo estamento ainda estava sendo produzido, a doutrina demorou a ser ensinada. Com a vinda do segundo século do cristianismo, surgiram os teólogos, conhecidos como pais apologistas, Justino Martir, Policarpo de Esmirna e Orígenes. Estes contribuíram muito com o ministério do ensino da Palavra de Deus, combatendo heresias e valorizando a interpretação bíblica.

Voltando aos nossos tempos, ao assunto que este humilde texto se presta a esclarecer,  a tristeza não salta de alegria diante de Deus, eis o porquê.

Essa confusão se deu pela leitura errada de Jó 41.22, porém ressalta-se aqui a importância de sempre se ler todo o contexto de um versículo bíblico. Isso evita erros grosseiros como o de se confundir Deus com um provável crocodilo ou qualquer outra espécie de réptil primitivo descrito no texto do livro que leva o nome do patriarca. Trata-se da descrição poética em Jó e Salmos e profética em Isaías, feita pelo próprio Deus a respeito do leviatã:

Veja o que está escrito em Jó 41.22 e tire suas próprias conclusões:

No seu pescoço reside a força; diante dele até a tristeza salta de prazer. (Jó 41:22)

Atente-se aos pronomes SEU e DELE.  Leia todo o capítulo 42 do livro de Jó e pergunte-se: SEU, quem?; DELE, de quem?

O texto jamais irá mentir para aquele que se dá ao trabalho de lê-lo.

Louvado seja Deus.

Obrigado por ler. Deus te abençoe.


                                                                                                      Mateus Silva


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Mentalidade fixa e mentalidade de crescimento

O conceito de mentalidade fixa está atrelado a algumas características importantes de como as pessoas se comportam. Aceitam como fato que suas habilidades não podem ser aperfeiçoadas e que suas limitações jamais poderão ser vencidas. Alguns pontos que revelam a mentalidade fixa se mostram presentes principalmente ante os desafios que a vida apresenta. E, como bem sabemos, ao abrir os olhos de manhã e começarmos nosso dia, obrigatoriamente enfrentaremos problemas que demandam de nós a capacidade de solucioná-los. 

Você certamente já se deparou com pessoas dizendo o seguinte: 

“Eu não consigo, não nasci com esse dom…”.

Pessoas que “cultivam” a mentalidade fixa costumam esquivar-se de desafios; quando recebem críticas, mesmo críticas positivas, as descartam, têm o hábito de desistir facilmente de entraves e também não se dedicam a superá-los, pois enxergam o esforço como perda de tempo. Outros ainda sentem-se intimidados pelo sucesso de colegas próximos. Essas são as pessoas que esperam por milagres em vez de tomar as rédeas da vida em suas mãos.

Cultivar a mentalidade fixa é adentrar a zona de conforto, espaço mental que reduz a ansiedade de enfrentar o novo, o desconhecido. Como consequência, temos nossa carga de ansiedade atenuada, uma vez que nos sentimos seguros, pois estamos no controle das situações. Contudo, a zona de conforto poderia também ser chamada de o lugar onde os sonhos vão para morrer.

As características de uma mentalidade de crescimento se apresentam na maneira como são encaradas as situações cotidianas. Indivíduos que perseveram em modificar suas atitudes e hábitos para essa forma de encarar o mundo procuram tirar lições valiosas de todos os momentos. Em vez de fugir dos desafios, os encaram de peito aberto e prosseguem até o final, valorizando a dedicação, uma vez que compreendem que estamos em constante aprimoramento de nossas habilidades.

Cada pessoa reflete um pouco da glória de Deus. Você não é exceção! Em meio a suas imperfeições, Deus vê beleza e grande potencial. Você é especial pois foi feito à imagem de Deus! Lembre-se que o seu valor e dignidade nascem exatamente dessa realidade em Deus, portanto, não tente invalidar o que a bíblia diz de bom sobre você. Saia da zona de conforto, aborte a mentalidade fixa, encare a vida, a realidade e mostre para você mesmo o quanto é capaz. Deus está contigo, mas não fará o que você deve fazer. Nunca se esqueça disso.







Ao professor de Escola Bíblica Dominical 

                                                                                             

Ensinar não é apenas transmitir conhecimento, mas, primeiro promover aprendizagem por parte do aluno. Não é apenas ler ou falar diante de uma classe, mas primeiro despertar, motivar e interessar a mente do aluno e em seguida dirigi-la no processo do aprendizado. Não pode haver real ensino sem aprendizagem por parte do aluno. O termo "educar" deriva de um outro que significa literalmente "conduzir para fora". É pois privilégio e responsabilidade do professor da Escola Dominical conduzir seus alunos ao encontro das experiências da vida, de tal forma que eles possam viver vitoriosa e sabiamente, diante de Deus, da Igreja e de seus semelhantes.
Se o ensino secular é o meio de que o Governo dispõe para eliminar o analfabetismo, a insipiência e o obscurantismo, a Escola Dominical deve ser o desafio da Igreja contra o nanismo espiritual em seu meio, bem como a incredulidade à sua volta.

                                           (Um rico ensinamento do saudoso pastor Antônio Gilberto)


Caos e fim dos dias -  Mantendo a coragem no meio da tempestade ... 

                                                                                      imagem pixabay

Estamos vivendo em tempos estressantes; o mundo está embriagado com suas ilusões e a verdade caiu nas ruas ...

Indignação e pensamento estupefato são motivos sombrios de nossa cultura moribunda e covarde.

O apóstolo Paulo escreveu que o tempo antes do "Fim dos Dias" seria "perigoso" e cheio de implacável depravação humana e ilegalidade (2 Timóteo 3: 1-5). Jesus advertiu que a apostasia abundaria e que o coração de muitos esfriaria (Mt 24:12). À luz da guerra espiritual violenta acontecendo ao nosso redor, o seguinte precisa ser enfaticamente reafirmado:

"O importante é não perder a cabeça ..."

A mente é o "portal" para o seu coração e, portanto, é essencial proteger o seu pensamento emergulhar na verdade ... "Não perder a cabeça", significa estar enraizado no que é real e, portanto, significa compreender sua identidade e provisão como filho de Deus. "Deus não nos deu o espírito de medo, mas de poder e de amor, e de uma mente sã" - literalmente, uma mente "libertada", "curada" do caos e do desespero (2 Timóteo 1: 7).

A palavra grega "mente sã" (σωφρονισμός) vem de um verbo que significa "tornar-se seguro", no sentido de estar sob a influência restritiva do Espírito de Deus ... A palavra hebraica mais próxima pode ser  “musar”, ou "disciplina moral".

Parte da tarefa de "proteger sua mente" é ser capaz de discernir entre o bem e o mal. "Temer ao Senhor é odiar o mal "(Provérbios 8:13) e como o profeta clamou:" Odeie o que está errado, ame o que é certo "(Amós 5:15). Devemos amar a verdade e abominar a mentira (Salmo 119: 163, Pv. 12:22).

Tolerar o pecado em um mundo pronto para o julgamento é uma forma tácita de "colaboração" com o inimigo. Na verdade, a única coisa considerada intolerável no mundo dominado pelo inimigo é a negação de que as pessoas têm "liberdade" para pecar. Mas o Senhor é claro neste ponto: "Ai daqueles que chamam o mal de bem e o bem de mal, e que transformam as trevas em luz e a luz em escuridão, para aqueles que transformam o amargo em doce e o doce em amargo. Ai daqueles que são sábios  e astutos aos seus próprios olhos! ”(Is. 5: 20-21). É a verdade que define pessoas livres, mas isso pressupõe a capacidade de discernir como nos tornamos escravos do engano.

Portanto, somos instruídos: "Você deve distinguir entre o sagrado e o comum, e entre o impuro e o limpo "(Lv 10:10). Alguém que o ama irá ajudá-lo a ser honesto consigo mesmo: A verdade da lei moral de Deus é comparado à correção moral do Pai que leva seu filho à vida (Pv 6:23).

 

               Este artigo foi traduzido e adaptado de sua versão em inglês no portal -https://hebrew4christians.com/Meditations/Chaos/chaos.html

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CURSOS QUE EU TE RECOMENDO

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                                        O que realmente vale a pena na vida

Eu diria como o grande poeta português Fernando Pessoa " tudo vale a pena quando a alma não é pequena". Mas talvez a dificuldade resida na nossa incapacidade de medirmos o tamanho da nossa alma. De fato não há sequer uma ideia de padrão de tamanho para ela, pois a mesma é imaterial, invisível, pertencente ao mundo metafísico. Saber o tamanho da nossa alma é algo totalmente subjetivo. Sabia por acaso o poeta dessas coisas? De certo que sim, mas nem tudo precisa ser explicado. Há mistérios que são muito bons permanecendo como tais, de modo que quando os descortinados perdem aquele brilho que a estes ofuscava e esse brilho é justamente o que lhe confere beleza.

Há mistérios no soprar de um vento, no silêncio de uma noite fria, no caminhar descompromissado de um gato, na vassoura encostada à parede, no cantar do galo na madrugada, em um avião que passa cruzando o céu e naquela dor que vem de repente... São tantos e tantos e tantos que nem ao menos damos conta de um pequena parcela deles, quanto mais se saber o tamanho de uma alma. Não obstante, me pego pensando que talvez esse tamanho não seja físico e de fato não é! Mas de que adianta dificultar ainda mais essa questão ? O melhor mesmo é não se preocupar com aspectos humanamente mensuráveis e subjugar nosso instinto de julgamento à simples prática do bem, pois muito julga quem compara diferenças. Quanto ao que realmente vale a pena, esta alma grande ou pequena, por si mesma descobrirá.   

                                                                                                                                  Mateus Silva

                                              

                                              O Altar do Deus Desconhecido

                                                       Imagem Pixabay

Epimênides nasceu em Cnossos, na ilha de Creta, em meados dos anos 600 a.C. Diz-se que esteve em Atenas no tempo de Sólon, onde os achados históricos lhe atribui ter limpado a cidade de uma praga que a assolava. Epimênides foi, portanto, um herói cretense que atendeu ao pedido de Atenas feito por Nícias para que aconselhasse a cidade sobre como se livrar de uma praga. Epimênides ofereceu sacrifícios baseado em três suposições. Assim ele afirmou: a) Minha primeira suposição é que existe ainda outro deus interessado na questão desta praga – um deus cujo nome não conhecemos e que não está, portanto, sendo representado por qualquer ídolo em sua cidade; b) Segundo, vou supor também que esse deus é bastante poderoso e suficientemente bondoso para fazer alguma coisa a respeito da praga, se apenas pedirmos a sua ajuda; c) A terceira suposição é muito simples. Qualquer deus suficientemente grande e bondoso para fazer algo a respeito da praga é também poderoso e misericordioso para nos favorecer em nossa ignorância – se a reconhecermos e o invocarmos. Assim, ao chegar a Atenas, Epimênides conseguiu um rebanho de ovelhas pretas e brancas e soltou-as na Colina de Marte, dando instruções para que alguns homens seguissem as ovelhas e marcassem o lugar onde qualquer uma delas se deitasse. O propósito dele era dar a qualquer deus eventualmente ligado à questão da praga, uma oportunidade de revelar sua disposição em ajudar. Epimenidesprovavelmente conduziu essa experiencia de manhã bem cedo, quando as ovelhas estavam famintas, o que tornaria logicamente impossível alguma se deitar diante de um campo verdinho para comer. No entanto, algumas das ovelhas deitaram e os atenienses as ofereceram em sacrifício sobre os altares sem nome, construídos especialmente com esse propósito. A praga foi assim removida da cidade. 

A Bíblia afirma em Atos 17:16 que enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade. Quando Paulo viu em Atenas o privilégio da adoração ser reduzido ao culto de meros ídolos de madeira e pedra, o horror tomou conta dele. Paulo, no entanto, havia “passado e observado” (Atos 17:23) e descobriu algo “no” sistema que não fazia parte “do” sistema – um altar que não estava associado a qualquer ídolo! Um altar com uma curiosa inscrição: “Ao deus desconhecido”. Paulo percebeu uma brecha na comunicação que provavelmente abriria as mentes e os corações daqueles filósofos estóicos e epicureus. Paulo, então, pronunciou: “Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio” (Atos 17:22-23). A idolatria, por sua própria natureza, carrega em si um “fator inflacionário embutido”. Uma vez que os homens rejeitem o Deus único, onisciente, onipotente e onipresente, preferindo divindades menores, eles finalmente descobrem – para sua frustração – que um número infindável de divindades inferiores é necessário para preencher o espaço deixado pelo Deus verdadeiro!
Paulo compreendia o pano-de-fundo histórico do altar ao “deus desconhecido” de Epimênides. Isso fica claro porque Epimênides, além de ter habilidade para lançar luz sobre problemas obscuros das relações entre o homem e Deus, era também um poeta e Paulo citou a poesia de Epimênides! Essa poesia está registrada em Tito 1:12-13, quando Paulo, ao deixar Tito para fortalecer as igrejas na ilha de Creta, escreveu: “Foi mesmo dentre eles, um seu profeta que disse: Cretenses, sempre mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos. Tal testemunho é exato. Portanto, repreende-os severamente para que sejam sadios na fé”. As palavras citadas por Paulo são de um poema atribuído a Epimênides. Paulo chamou Epimênides de “profeta”. O termo grego é propheetees, o mesmo usado geralmente pelo apóstolo para os profetas tanto do Antigo como do Novo Testamento. Paulo não teria honrado Epimênides com o título de profeta se não conhecesse o caráter e as obras do mesmo.
                                                                                                                                                                                                                                                                   Don Richardson



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