Profetas da Atualidade, Pregadores Mirins e Pregação com Fundo Musical: Uma Reflexão Necessária
Nos últimos tempos, temos presenciado fenômenos preocupantes no meio cristão: profetas autoproclamados, pregadores mirins imitando animadores de auditório e pregações acompanhadas de fundos musicais manipuladores. Essas práticas, muitas vezes distantes da simplicidade e da solidez bíblica, têm levado muitos a questionar: Onde está o verdadeiro mover do Espírito Santo?
O Perigo dos "Profetas" Modernos
Há dois extremos quando o assunto é o ministério profético hoje:
Os que negam completamente a existência de profetas, baseando-se em Mateus 11:13 ("Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João").
Os que se autointitulam profetas, alegando receber revelações diretas de Deus, muitas vezes com exageros e espetáculos.
É importante entender que o ministério profético do Antigo Testamento (como Isaías, Jeremias e Ezequiel) cessou, mas o Novo Testamento ainda fala sobre o dom de profecia (1 Coríntios 12-14) e sobre profetas como mestres da Palavra (Efésios 4:11). No entanto, muitos hoje misturam entretenimento com espiritualidade, fazendo "revelações" sobre números de documentos, situações pessoais e até "visões" forçadas para impressionar.
Um exemplo preocupante é o de um jovem que se autodenomina profeta, afirmando que não precisa seguir a Bíblia porque "recebe revelações diretas". Isso é perigoso! O verdadeiro profeta não age por conta própria, mas se submete à Palavra e à liderança espiritual.
Pregadores Mirins: Crianças ou Showmen?
Não há problema em crianças compartilharem a fé – afinal, Jesus, aos 12 anos, já discutia com os doutores da lei (Lucas 2:46). O problema está na exploração infantil, quando meninos são incentivados a imitar pregadores adultos, com gestos exagerados, falsas línguas estranhas e um tom de animador de auditório.
Jesus iniciou Seu ministério aos 30 anos (Lucas 3:23). Isso não significa que todos devam esperar até essa idade, mas o ministério exige maturidade espiritual e conhecimento bíblico. Uma criança pode pregar como criança, com simplicidade, mas não como um imitador de milagreiros.
Pregação com Fundo Musical: Emoção ou Manipulação?
Outra tendência preocupante é a pregação com fundo musical, como se o pregador precisasse de uma trilha sonora para "criar atmosfera espiritual". Alguns usam o exemplo de Eliseu, que pediu um tangedor antes de profetizar (2 Reis 3:15), mas isso não é regra – foi um momento específico.
A música é poderosa e influencia as emoções, mas não deve substituir a exposição da Palavra. Grandes pregadores da história, como Charles Spurgeon, Billy Graham e John Wesley, nunca precisaram de fundo musical para pregar. A Palavra de Deus já tem poder por si só (Hebreus 4:12).
Hoje, muitos usam a música para manipular o auditório, criando falsos êxtases e movimentos emocionais. O verdadeiro avivamento não depende de efeitos sonoros, mas da ação soberana do Espírito Santo.
Conclusão: Voltem-se para a Palavra!
A solução para esses desvios é simples: firmeza na Bíblia. A Assembleia de Deus, por exemplo, sempre valorizou a Escola Dominical e o estudo sistemático das Escrituras. O verdadeiro pentecostalismo não é barulho, mas unção com doutrina.
Cuidado com os "profetas" que não se submetem à Palavra.
Cuidado com pregadores mirins transformados em atores.
Cuidado com pregações que dependem mais da música do que do Espírito.
Que nossa fé não seja baseada em emoções, mas na Rocha, que é Cristo!
"Chegando-vos para ele, pedra viva... para oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo." (1 Pedro 2:4-5)
Glória a Deus!
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